Anunciar Jesus Cristo, único Salvador do mundo, “constitui a missão essencial da Igreja, tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes”, lembrou o Papa Bento XVI citando uma passagem da Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi (p.14).
Em sua mensagem para o 98º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, divulgada nesta terça-feira, 25, Bento XVI destacou a urgência em promover, com novo vigor e com novas modalidades, a obra de evangelização num mundo onde a queda das fronteiras e os novos processos de globalização deixaram as pessoas e os povos ainda mais próximos, tanto pela expansão dos meios de comunicação, como pela frequência e a facilidade de locomoção.
O tema escolhido pelo Santo Padre para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado em 2012 é “Migrações e nova evangelização”
“De fato, a hora presente chama a Igreja a realizar uma nova evangelização inclusive no vasto e complexo fenômeno da mobilidade humana, intensificando a ação missionária tanto nas regiões de primeiro anúncio, como nos países de tradição cristã”, afirmou o Papa.
O Beato João Paulo II, lembrou Bento XVI, convidava aos cristãos a alimentarem-se da Palavra para serem "servos da Palavra" no trabalho da evangelização (Carta apost. Novo millennio ineunte, 40).
“O nosso tempo está marcado por tentativas de cancelar Deus e a doutrina da Igreja do horizonte da vida, enquanto ganham terreno a dúvida, o ceticismo e a indiferença, que gostariam de eliminar todo e qualquer referimento social e simbólico da fé cristã”, salienta Bento XVI.
O Pontífice ressalta que frequentemente os migrantes que conheceram Cristo e O aceitaram se sentem impelidos a considerá-Lo como não relevante na própria vida, a perder o sentido da fé, deixando de se reconhecerem como parte da Igreja, acabando muitas vezes por viverem uma existência que já não é caracterizada por Cristo e pelo seu Evangelho.
“Trata-se duma ocasião para proclamar que, em Jesus Cristo, a humanidade se torna participante do mistério de Deus e da sua vida de amor, abrindo-se a um horizonte de esperança e de paz através, nomeadamente, do diálogo respeitoso e do testemunho concreto da solidariedade, enquanto, noutros casos, há a possibilidade de despertar a consciência cristã adormecida, através dum renovado anúncio da Boa Nova e duma vida cristã mais coerente para fazer descobrir a beleza do encontro com Cristo, que chama o cristão à santidade em todo o lado, mesmo em terra estrangeira”, reforça o Papa.
O Santo Padre pediu também pelos refugiados que necessitam de asilo, fugindo de perseguições, violências e situações que põem em perigo suas vidas, pois eles têm necessidade de compreensão e acolhimento, do respeito pela sua dignidade humana e seus direitos, assim como da consciência dos seus deveres.
Bento XVI pediu ainda de forma especial pelos jovens que por motivos acadêmicos mudam de país. Assim, as comunidades cristãs devem ser sensíveis com tantos jovens que, além do crescimento cultural, têm necessidade – precisamente devido à sua tenra idade – de pontos de referência, cultivando no seu coração uma profunda sede de verdade e o desejo de encontrar Deus.
Fonte: Canção Nova
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